quarta-feira, 23 de março de 2011

Conheça mais seus efeitos: Wha wha




Quem nunca ficou extasiado pelo som de um wha wha? Veja mais sobre este pedal que revolucionou o mundo no documentário: "Cry Baby: The pedal that rocks the world". Descubra como surgiu este maravilhoso efeito através dos relatos de seu inventor, o engenheiro Brad Plunkett juntamente com o guitarrista Del Casher no início dos anos 60.


Guitar heroes como: Eddie Van Halen, Slash, Kirk Hammet, Del Casher, Zakk Wylde, Steve Lukater, entre outros, contam suas influências e grande paixão por este pedal.

O vídeo não tem legenda, mas para quem tem o inglês básico, vale a pena dar uma conferida:




Cry Baby: The Pedal That Rocks The World from Joey Tosi on Vimeo.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Noite de rock e virtuose na capital goiana...





Dia 17 de março, quinta-feira, tive o deleite de presenciar uma apresentação de bom gosto e musicalidade, aliada a técnica refinada de um excelente expoente do rock americano, aqui mesmo em Goiânia, no Bolshoi Pub.

Richie Kotzen, ex Poison e Mr. Big, durante esta ultima semana, se apresentou em várias cidades, nesta tour pela América do Sul. Já é o terceiro ano consecutivo que o americano se apresenta em terras tupiniquins, ampliando cada vez mais as cidades por onde passa, demonstrando a boa receptividade do público brasileiro para com este gênero que anda tão menosprezado nos dias de hoje.

Richie Kotzen nasceu na Pensilvânia e começou sua carreira como guitarrista instrumental na lendária Srapnel Records juntamente com nomes como Paul Gilbert, Jason Becker entre outros. Se tornou mundialmente popular ao entrar para a Banda de Hard Rock Glam: "Poison", substituindo CC Deville nas guitarras. Depois substituiu Paul Gilbert como guitarrista do Mr. Big em meados de 2000, permanecendo até 2004, finalizando seu ultimo trabalho com o grupo com o DVD Farewell Tour no Japão. Entre as duas bandas, integrou vários projetos instrumentais com artistas renomados como o guitarrista Greg Howe (Tilt) e o baixista Stanley Clarke (Banda Vertu). Também esteve à frente do projeto "The Mothers Heads Family Reunion" junto com o baterista Atma Anur (Tribal Tech), em um belo trabalho de Funk-Rock.

Sem muitas delongas, Kotzen começou incendiando a casa com a aclamada "Best of times" do álbum Peace Sign...técnica e swing se misturam a solos enfurecidos de guitarra, não perdendo o timing com a parte cantada. Detalhe importante: Richie tocou durante todo o show sem palhetas, demonstrando total controle de técnicas como o chickin picking, sweeps e arpeggios sem perder a "patada" inconfundível e o swing que já é marca registrada do guitarrista. Percebi pasmo que ao tocar sem palheta, ele tornou mais agressivo o seu ataque às cordas, dando mais dinâmica e punch, anasalando mais o timbre de sua telecaster. Desde o ano passado, Kotzen vêm demonstrando essa nova característica no seu modo de tocar, agregando uma nova personalidade em suas performances, atestando que, apesar de ter uma carreira consolidada, ele se mostra um artista versátil, mostrando que nunca é tarde para mudanças e inovações.

A banda de apoio foi um show a parte. Daniel Pearson no baixo (J.Lo, Jessica Simpson, Coolio), segurou a "cama" de forma magistral, dobrando riffs e batendo firme com o baterista Mike Bennett (grande revelação de L.A), bem seguro e virtuoso sem perder a pegada e o groove, demonstraram a importância de se ter uma boa "cozinha".

Destaque para baladas como "High", "Doing what the devil says to do", "Faith" e hits pesados como "Love Divine", "So cold" e "Peace Sign" deixaram a galera insandecida...os apreciadores do cantor ficaram de cabelo em pé com sua performance vocal...Na verdade Kotzen brincou de cantar e mostrou uma bela interpretação de todas as suas músicas.

O ponto alto da noite foram as jams sessions promovidas pela banda a cada música, demonstrando a versatilidade e todo o potencial do grupo, com um poder de entrosamento de fazer inveja a muitas bandas com anos de estrada. A apresentação durou cerca de 1 h e 30 min., pouco tempo na minha opinião, deixando vários sucessos de fora do setlist. Confesso que o carisma de Kotzen não estava dos melhores, mas pela performance e show musical, no final da noite, o balanço foi positivo.

Saí de lá com a "alma lavada", sabendo que em meio a tantos sub-produtos da indústria fonográfica, ainda existem obras-primas à disposição de quem tem perseverança e bom gosto para apreciar o bom e velho rockn'roll nas suas variações e formas mais belas.

Diogo Barbosa