sexta-feira, 11 de junho de 2010

Como eu queria que estivesse aqui...

Sabe, Deus não priva ninguém de suas próprias escolhas...todos nós escolhemos nossos caminhos...até mesmo no caso em que alegam serem obrigados. Não lhe foi obrigado a fazer tal escolha, apenas deixaste que te fosse imposto tal caminho.

E há caminhos que, embora sejam tortuosos aos nossos interesses pessoais e emoções, são cruciais para o nosso desenvolvimento próprio e para com o PAI.

Poucas decisões foram tão doídas para mim quanto a partida de um parceiro de ministério e sangue. Se não conhecestes teus desígnios ó Deus, chegaria a pensar que seria tamanha crueldade conceber a dádiva de ter nascido da mesma barriga ao mesmo tempo um irmão e um parceiro, conviver os primeiros passos e erros diante de Tua presença juntamente com ele, crescer e posteriormente se separar de forma abrupta, repentina... me perdoes a ingratidão...

Quem diria que um certo Gilmour, há mais de 40 anos atrás, faria uma oração em forma de música...oração esta que faço hoje...em busca de alento, com a certeza de dias de restituição....






Então,
Então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir um campo verde
de um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?


Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Um papel de coadjuvante na guerra
Por um papel principal numa cela?


Como eu queria, como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre este mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui

Diogo Barbosa

Um comentário:

  1. aí tu me mata...rs..

    lindo, e por incrível que parece, resposta à um coração dilacerado pelos quilômetros.

    Obrigado pelo seu ministério.

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