sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O canto gregoriano e o "sucessionismo" como brincadeira de mau gosto...





O canto gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.

As características foram herdadas dos salmos judaicos, assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados por Gregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.

Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.

O engraçado é que toda essa história do "sucessionismo batista" surgiu de uma richa de popularidade entre as comunidades Batista e Metodista entre o século XVIII e XIX, se não me engano...e a música se tornava a protagonista principal.

Em meados do final século XVIII início do XIX os Batistas estavam estagnados e não havia uma crescente da comunidade, ao contrário dos Metodistas, que alcançavam popularidade no continente norte-americano com suas músicas mais contemporâneas e polifônicas, dando ar mais contextualizado e congregacional aos cânticos. Os batistas ainda adotavam aquele estilo gregoriano...o famoso "cantochão" utilizado pela maioria das igrejas históricas.

A grande popularidade dos Metodistas aguçaram nos Batistas uma pontinha de inveja e como argumento de importância, surgiu o sucessionismo como argumento de relevância, para mostrar aos Metodistas seu devido lugar...

Para quem não sabe, o sucessionismo batista baseia-se na colocação de que a origem dos Batistas derivam da linhagem de João Batista, contemporâneo dos áureos tempos de Cristo, dando um caráter de "importância" maior à denominação em questão. Os Metodistas surgiram com Wesley no final do século XVIII na Inglaterra, alcançando maior relevância nos EUA.

Este mito se espalhou de forma grandiosa e até hoje alguns acreditam nesta história de linhagem referente a João Batista. O fato é que os Batistas verdadeiramente surgiram anteriormente aos Metodistas, mas não da forma que o sucessionismo prega. Historiadores confirmam que os Batistas surgiram no começo do Século XVII na Inglaterra através de uma insatisfação e desconformidade teológica com os preceitos anglicanos.

Na verdade, esta história não teve relevância para a relação das duas denominações com o passar dos anos, aliás, muitos sequer sabem deste fato. O fato mesmo, é que tudo não passou de uma brincadeirinha de mau gosto...

Diogo Barbosa.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Reaprendendo o serviço...

Fala moçada! O tempo é curto e os afazeres não param...porém não há maior prazer do que servir ao Senhor. Não é a toa que o Mestre diz: "Mais bem aventurada coisa é dar do que receber" (At. 20:35). Te digo algo de coração: Quanto mais trabalho na obra mais sou abençoado...experimente vc também!!

Nós fomos salvos para as boas obras (Ef 2:10) e não pelas boas obras (Ef. 2:8-9). Portanto, a graça de Deus não só te basta como te motiva a se parecer com Cristo. Este é o nosso alvo como discípulos. De fato a preguiça abre precedentes para o pecado em nossas vidas. A preguiça foi a causa do pecado de Davi, no momento em que deixou suas responsabilidades e foi dar uma voltinha no terraço de seu palácio...(2 Sm 11:2)

Lembre-se: Tudo que for fazer no reino de Deus, faça com excelência! Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém! (Rm 11:36)

Graça e paz vos sejam multiplicada!

Diogo Barbosa

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

No lugar secreto




Mt 6:6 - "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente"


Sabe não é fácil viver hoje em dia um evangelho pleno. Digo isso pq vivemos em um ritmo frenético: trabalho, obrigações, estudos, família....isso gera consequentemente e naturalmente problemas no trabalho, família, estudos...e isso inclui também a igreja. Não é fácil de maneira alguma lidar com isso tudo. Não estou aqui pra dizer que é fácil, não vou mentir pra vcs. Ser crente é difícil nos dias de hoje. Até mesmo por isso que acredito que hoje, realmente é privilégio ser cristão e servir à sua comunidade. Antes os levitas eram incumbidos de tal tarefa de forma integral, não tendo que se preocupar com as demais coisas....Hoje somos chamados pra fazer algo tão ou mais excelente do que fizeram os descendentes da tribo de Levi. É um grande privilégio, porém a responsabilidade e o comprometimento também se torna maior.

Sabe, sou fonoaudiólogo e passo meus dias dentro de um consultório...ou pelo menos grande parte do dia...as vezes, no meio da correria, me pego pensando em vários lugares em q queria estar, pessoas com quem queria estar compartilhando coisas, conversas....etc, e isso as veses me entristece.

Certa noite, após o trabalho, peguei meu violão e fui tocar sozinho, como há muito não fazia. Realmente entendia que o q me oprimia não era a vida cotidiana, as obrigações, as saudades, os problemas...O que me oprimia era a distância de Deus que eu me havia imposto por alguns dias...

Realmente esta noite foi um bálsamo para mim. Eu sozinho em casa com um violão diante do Rei dos Reis. Foi um encontro bem legal...é bom saber que vc tem um Pai sempre presente. Nesses dias de provações e trabalhos que não acabam nunca...esses encontros com Papai tem sido algo marcante pra mim.

O que quero dizer é : não se apegue a liturgia dos cultos...não viva sua vida pra Deus somente nos domingos...é algo tão óbvio isso, mas acredite, nós sempre caímos na mesmice. Eu acostumado a liderar louvores na minha igreja, até me esqueço que no silêncio do meu quarto posso desfrutar de momentos inesquecíveis com Deus.

Faça da sua vida um gesto de adoração!! Caminhe com Deus!!!Foi para isso que fomos criados...afim de parecermos com Cristo!

Diogo Barbosa

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"Tristemunho: barberagens de um luthier"





Esse é um relato, pra galera que não sabe muito de instalações, fiações e outras canseiras, ficarem espertos...

Eu tenho uma strato e ela estava com um conjunto de pickups da Kent Armstrong já há um bom tempo. Era muito legal, porém o som estava limitado e sentia que precisava de um upgrade neles. Pelo fato dela estar na configuração S-S-H, senti muita diferença na saída do single do braço pro humbucking da ponte. Comecei com o fast track da Dimarzio no braço e curti muito...captador macio com mais saída pra rock, funk...bem eclético.

Passou algum tempo e fui trocar o humb da ponte. Pensei em algo mais vintage com saída média e bastante sustain...coloquei um Alnico 2 Pro da Seymour Duncan. LEgal! O timbre do captador em si era divino, porém nas junções, os caps perdiam muita saída... não entendia o pq. Sentia que algo não estava legal. Na junção meio/ponte o som perdia corpo e brilho. A solução lógica para mim era trocar o pickup do meio. Que mal tem? Já iria trocá-lo mesmo...

Coloquei o litle 59 da Seymour no meio...um single com som de humb (ou próximo de um humb), pensei comigo: vai ficar uma pancada, vai juntar com o Alnico 2 Pró da ponte e o Fast track do braço, vou ter muitas possibilidades!!! E o som vai encorpar de forma linda!

Ficou uma porcaria!!! Perdeu mais definição e ficou pior ainda!!!! Som bem magro nas junções do braço/meio e ponte/meio!!! Perdia muito som!!! Me desesperei. Logo eu que adoro mesclar os pickups!! Via meus conceitos caírem sobre a minha cabeça. Sempre imaginei esse som e pra mim essa configuração simplesmente seria o "Santo Graal" dos timbres...

Não podia acreditar em tal constatação...levei a guitarra pro luthier que havia instalado os pickups pra rever parte elétrica e instalação.... e nada. Levei mais uma vez depois de mais uma semana tocando. Ele disse estar tudo ok, que era assim mesmo... Simplesmente não podia acreditar.

Parecia brincadeira...tinha trocado meus caps "fraquinhos" por uns de ponta e a coisa fica pior ainda!!!Tinha alguma coisa errada. E tinha mesmo. Meus ouvidos não estavam errados. Levei a guitarra para uma segunda opinião. Um luthier já de outros tempos que havia me esquecido e descobri a "barberagem".

O "abençoado" luthier que eu levei pra instalar os caps, havia instalado de forma errada....pelo que eu entendi, a Seymour tem uma sequência diferente de solda na fiação do que a Dimarzio. O primeiro luthier havia instalado todos na mesma sequência "padrão". E o pior que eu levei no cara umas duas vezes pra ele olhar e ele disse que era assim mesmo.....


Procure sempre se informar, hoje existem vários tutoriais de luthieria, como regular seu instrumento, troca de fiação, captadores e parte elétrica. Sempre é bom checar o máximo de informações antes de mandar seu instrumento a um profissional.

Procure referências de determinado profissional ou luthier. Sempre olhe pelo lado da experiência. O primeiro luthier trabalhava em um bom local (na maior loja de instrumentos da cidade). Acredite, isso não é nada. Imagem não é tudo. O outro luthier já tinha mais bagagem e experiência, tinha mais idade e já estava há um bom tempo no mercado.

Um profissional experiente vai fazer as coisas com mais cautela e observar detalhes que as vezes o iniciante ou o recente vai deixar passar desapercebido. Alguém me disse certa vez: "A experiência é um carro com os faróis voltados para trás".

Fica o alerta: Se sentir que algo está dando errado com a sua guitarra, sempre confie no seu ouvido e faça como eu, busque uma segunda opinião.

Diogo Barbosa.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Começa com vc! SWU Festival




Bom, antecipadamente deixo aqui minhas humildes desculpas...não tenho postado recentemente por aqui há um bom tempo...isso se deve à finalização de minha pós-graduação, mais especificamente minha monografia (q agora está devidamente finalizada e enviada para SP...). Pelo menos é algo a menos que tenho pra fazer...

Mas vamos ao tema: SWU Festival.

SWU são as iniciais de "Start's with you", traduzindo: "Começa com você".


Este festival foi o grande marco de celebração do movimento. Foi uma experiência memorável que combinou música e arte nos dias 9, 10 e 11 de outubro na Fazenda Maeda, localizada no município de Itu, a cerca de 70 km de São Paulo. O evento ocupou um espaço de arena de 200 mil metros quadrados e foi preparado para receber milhares de pessoas ao longo dos seus 3 dias de duração. Trouxe vários artistas do mainstream mundial como Rage Against the machine, Dave MAthews Band, Queens of the Stone Age, Linkin Park, Joss Stone, Kings of Leon e mais outras centenas de bandas. Legal saber que depois do Rock'n Rio (que está mais para POP'n Rio doq qualquer outra coisa, além de estar sendo realizado em vários outros lugares do que no Brasil!!), este é um grande evento da música realizado desde 2001 em terras tupiniquins.


E não é só de boa música que foi feito o SWU. O movimento trouxe também para os seus participantes, ao longo dos três dias de duração do evento, o Fórum Sustentável, palco onde especialistas, pensadores, políticos, empresários e representantes de entidades não governamentais que discutiram com o público alguns dos principais temas da sustentabilidade no século 21.

Vale ressaltar que foram cobrados taxa de 100,00 de estacionamento para desestimular o uso de carros pelos frequentadores do evento. A água do banho foi reaproveitada e reutilizada pelos usuários dos banheiros. Foram instaladas bicicletas munidas de um sistema para recarregamento de baterias de celular.

Foram recolhidos também toneladas e toneladas de latinhas e outros materiais recicláveis afim de reverter o lucro adquirido com a reciclagem para ONGs que dão suporte ao meio ambiente.

É preciso abrir a mente para a sustentabilidade de nossos atos como cidadãos do mundo. Estamos aqui de passagem, porém isso não é desculpa para acabármos com um legado que deixaremos para os nosso filhos e netos....

Música é consciência e como tal ela deve sempre informar...gerar, agregar e não destruir.

Diogo Barbosa e Silva

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

RIP! A remix manifesto

As influências estão presentes em tudo que fazemos...seja música ou arte de qualquer forma. Nenhum homem é uma ilha...E uma vez, certo sábio disse:
"Nada é novo debaixo do sol, nasce o sol e o sol se põe, e apressa-se e volta-se para o lugar de onde nasceu..."

Sendo assim, como enfrentar uma política de direitos autorais sobre coisas que se tornam influência e inevitavelmente entram em um ciclo criativo?

Este é um importante documentário sobre a tendência de mercado da indústria fonográfica e outros meios de comercialização de artes e cultura dentro de uma visão atual.

O documentário, dirigido por Brett Gaylor, ataca de forma retórica o controle que grandes empresas exercem sobre a cultura (musical, cinematográfica, etc).
1) A cultura sempre se constrói baseada no passado;
2) O passado sempre tenta controlar o futuro;
3) O futuro está se tornando menos livre;
4) Para construir sociedades livres é preciso limitar o controle sobre o passado.

Bom filme e tire suas próprias conclusões...comentem!!!



















Diogo Barbosa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gerenciando seu tempo de estudo




É importante termos hábitos condizentes com nossos objetivos profissionais e pessoais. Na música, para se seguir uma carreira, é necessário trabalho árduo e sistemático como em qualquer outra área. Aqui vai algumas dicas que peguei com meu amigo virtual, grande guitarrista Ricardo Soares, sobre dicas de gerenciamento de estudo, afim de otimizar e maximizar seu tempo de dedicação ao instrumento.

Parte 01

A premissa básica para mantermos um aprendizado constante depende fundamentalmente de termos uma diretriz bem clara, "trocando em miúdos", cada segundo do seu estudo diário tem sumária importância para a realização de seus objetivos. Em função dos mesmos, trace uma linha de estudo que varie com seu tempo hábil, sua facilidade ou dificuldade com determinado assunto e suas próprias metas.

Os assuntos abordados neste método são a estrutura básica para a solidificação de seu vocabulário guitarrístico ( independente se você almeja ser um jazzista rei do Be bop ou um mestre dos " tapping Van Haleanos " ).

Entenda que todo este material ( leitura, acordes, ritmos, etc.. ) vai ser o fator de diferenciação entre a verdadeira música e meros modismos passageiros. Lembre-se que todos nossos " heróis " da música universal sempre foram resultados de estudo muito intenso ou de uma concepção muito pessoal ( leia-se " gênios " ) .Vale aqui a frase atribuída ao pintor espanhol Pablo Picasso: " Um grande trabalho é resultado de 10% de inspiração somados a 90 % de transpiração ".

Um dos pontos que mais afligem os iniciantes em seus primeiros passos é o que diz respeito à necessidade ou não de uma rotina diária de estudos. Devemos ter em mente o bom e velho ditado: " O hábito faz o monge " ,ou seja, a freqüência de estudo mínimo diário vale mais que um exagero esporádico. A fluência e a velocidade são resultados de uma eficaz interiorização da informação, seja ela um lick ou uma escala. Lembre-se, a velocidade vem com o tempo !

No intuito de organizar seu tempo de estudo, sugerimos uma tabela que aborda assuntos estruturais. Com o acúmulo das informações obtidas no decorrer do curso você poderá, eventualmente, construir uma nova tabela. O caráter deste enfoque é rotatório.

Parte 02

Segue então uma sugestão de um roteiro mínimo de estudo:

(Obs. : É bom frisar que o desenvolvimento musical também é resultado de um crescimento neuro - muscular, portanto, tenha cuidado com seu mais precioso instrumento : suas mãos !!! Faça sempre um aquecimento que envolva alongamentos de seus músculos e tendões.)

Assunto Tempo mínimo sugerido
Exercícios Cromáticos 20 min.
Notas no Braço (intervalos) 10 min.
Escalas 30 min.
Descanso 5 min.
Arpejos / Tríades 30 min.
Acordes / Bases 30 min.
Leitura 20 min.
Descanso 5 min.
Improvisação/Composição 45 min.
Repertório 45 min.
Tempo Total 4 Horas

Caso você venha se sentir desanimado, tenha sempre em mente que a perseverança é a chave para o sucesso!!!

Parte 03

Os norte-americanos prezam muito a expressão " attitude ". Esta, assim como uma série de termos em inglês, não possui uma tradução literal, mas pode ser definida como a maneira que encaramos a música dentro de nosso contexto diário. Cada pequeno detalhe é encarado com uma grande seriedade e pensamento positivo para nosso verdadeiro desenvolvimento.

Estude sempre com a sua atenção focalizada. Nossa mente é como uma câmera que registra informações em nosso arquivo central (cérebro) e este, como os próprios computadores, não tem critério do que é certo ou errado. Sendo assim, registre cada informação com o máximo de cautela. Estude absorvendo quantidades pequenas de informações. Respeite o seu próprio tempo!

O processo de aprendizado é cumulativo, tudo o que você aprender será utilizado durante vários anos em sua carreira musical, por isso cada tópico deve ser sempre reestudado. A sua ótica em relação à estes mesmos assuntos amadurecerá proporcionalmente à sua evolução.

Tenha cuidado também com a sua postura, pois a maneira como você "sente" e "veste" seu instrumento serão fundamentais para definir sua técnica e fluência . Uma má postura pode acarretar sérios problemas de coluna, membros superiores e mãos. Cuidado com a altura da correia da guitarra, apesar de esteticamente os "roqueiros" de plantão preferirem se utilizar da famosa postura "bad boy", com a guitarra na altura do joelho. Na verdade esta não é a postura mais confortável para se estudar guitarra! Tenha como exemplos " monstros " das seis cordas que tocam com a guitarra numa postura correta : George Benson, Frank Gambale, Les Paul, Roy Buchanan, Mozart Mello , Jonh Mclaughlin, entre outros.

Parte 04

A técnica, que nada mais é do que uma habilidade mecânica, existe não para dizermos que somos mais rápidos do que este ou aquele guitarrista. Não se trata de uma corrida onde quem é o mais rápido chega primeiro ao pódio. A técnica existe para que não haja limitações físicas na sua execução. Ela permitirá a você tocar qualquer coisa, qualquer seqüência de notas que sua imaginação criar.

Para alcançar a tão almejada técnica, incorpore a essência dos assuntos tratados acima através das seguintes diretrizes:

Praticar lentamente: vale mais a qualidade que a quantidade e lembre-se: devemos ser como um trem que parte da estação lentamente e aos poucos vai pegando velocidade, sempre em direção ao seu destino.
Positividade: Complementando o quesito " attitude ", você nunca deve se pressionar dizendo " tenho que acertar, não posso errar ". Isto pode causar-lhe um grave bloqueio mental. Não se apresse, não se pressione, assim sua mente não perderá tempo nem atenção em outros fatores. Apenas concentre-se !
Concentração: É exatamente o complemento do que citamos acima. Não devemos estudar vendo TV, pensando no fim de semana, etc. Concentre-se no estudo, no que você realmente estiver estudando.
Não gaste muito tempo no mesmo exercício: Delimite um tempo máximo para cada exercício, isto evitará problemas físicos associados a movimentos repetitivos, como a Síndrome do Túnel do Carpo, que "tirou de ação" o tecladista Keith Emerson. Vale salientar que um estilo interessante de guitarra é uma somatória de várias possibilidades de execução.
Siga este caminho e curta sua viagem através das estradas da música!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Como eu queria que estivesse aqui...

Sabe, Deus não priva ninguém de suas próprias escolhas...todos nós escolhemos nossos caminhos...até mesmo no caso em que alegam serem obrigados. Não lhe foi obrigado a fazer tal escolha, apenas deixaste que te fosse imposto tal caminho.

E há caminhos que, embora sejam tortuosos aos nossos interesses pessoais e emoções, são cruciais para o nosso desenvolvimento próprio e para com o PAI.

Poucas decisões foram tão doídas para mim quanto a partida de um parceiro de ministério e sangue. Se não conhecestes teus desígnios ó Deus, chegaria a pensar que seria tamanha crueldade conceber a dádiva de ter nascido da mesma barriga ao mesmo tempo um irmão e um parceiro, conviver os primeiros passos e erros diante de Tua presença juntamente com ele, crescer e posteriormente se separar de forma abrupta, repentina... me perdoes a ingratidão...

Quem diria que um certo Gilmour, há mais de 40 anos atrás, faria uma oração em forma de música...oração esta que faço hoje...em busca de alento, com a certeza de dias de restituição....






Então,
Então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir um campo verde
de um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?


Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Um papel de coadjuvante na guerra
Por um papel principal numa cela?


Como eu queria, como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre este mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui

Diogo Barbosa

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O poder da mente

Não tem muito a ver com a proposta do blog, mas enfim, tem a ver com experiências que podem agregar muito em nossas vidas como parte de um universo....de um todo...que Deus idealizou e formou.

Quem estudou o organismo humano e seus vários sistemas, sabe da complexidade e da grandeza que compõe nosso corpo e nossas ações. O cérebro, suas vias, áreas e funções que decodificam várias das nossas intenções e ações sempre me fascinou como fonoaudiólogo, também pela complexidade e plasticidade que existe em suas características funcionais. Porém, o que me intriga mais é saber que apesar dos avanços feitos pela neurofisiologia, ainda há muitos mistérios contidos na fisiologia e nas demais áreas de estudo do cérebro, que ainda não foram desvendados pela ciência. Isso de fato nos leva a entender que Deus é um ser superior e só através desta mente/ser superior, é que poderíamos ser gerados e idealizados.

Este é um vídeo sobre a experiência de uma cientista na área de Neurologia: Jill Bolte Taylor, que teve uma oportunidade de pesquisa que poucos cientistas cerebrais desejariam: ela sofreu um grave derrame, e observa enquanto suas funções de movimento, fala e autoconsciência entram em falência, uma a uma. Uma história incrível.

Para visualizar a legenda em português, selecione abaixo do vídeo o subtitle "Portuguese (Brazil)".

segunda-feira, 19 de abril de 2010

SAUDADES DA PAROUSIA DE CRISTO NAS MÚSICAS

Como é importante as lembraças daqueles que compartilharam contigo partes importantes não só da sua história mas da sua formação e crescimento....Eis aqui um relato de meu velho irmão de jornada e de sangue...do qual agora se encontra no Seminário Batista do Sul (Rio de Janeiro), obedecendo sua vocação perante aquele que é galardoador daqueles que o obedecem. Apesar de grande respaldo como músico, agora também se vê a passos largos o seu crescimento como ministro da palavra. Aqui ele fala um pouco sobre suas primeiras motivações e uma breve introdução pelos seus caminhos na música:


Lembro-me ainda jovem com uma vassoura na mão imitando os artistas da época, no meu caso nada de extraordinário, quem nunca usou os utensílios domésticos para, com os primos e amigos, montar uma banda imaginária? Comigo foi assim no início, não havia um artista específico, apenas vassouras, panelas, baldes e uma gritaria insana nas tardes de sábado. No domingo pela manhã, quando éramos conduzidos à EBD, víamos um bom grupo de louvor na Igreja Batista Central de Goiânia. Não entendíamos nada de música, apenas gostávamos de ouvir. Eram agradáveis essas manhãs, os músicos ali próximos, os instrumentos também e, as letras, lenta e poderosamente, adentrando nossas mentes com força titânica.




Anos se passaram e minha relação com a igreja se desfez ainda na infância, embora tal separação nunca tenha sido por completo desfeita, nesse ínterim, ainda muito cedo na idade – digamos que lá pelos 8 ou 9 anos – ouvi a arrebatadora introdução de baixo de Steve Harris, a música é The Claivoyant, o álbum era The Real Live One, deixei meu interesse pelos instrumentos “ditos” de “solo” – mesmo que nas vassouras - , voltei-me definitivamente para o contra-baixo, foi ali amor à primeira audição. Daí por diante o rock’n roll, mais especificamente o heavy metal entrou em minha vida para nunca mais sair. Aprendi a ler as letras em inglês e, mesmo precariamente, traduzi minhas favoritas.


Eram letras com uma realidade triste, imediatista, vazia, em várias havia apologia à morte ou demonologia, dinheiro, mulheres. Tal abordagem nunca me atraiu. Meu fascínio sempre foi pela potência emanada dos acordes, a fúria dos riffs, o “peso” das levadas e conduções rítmicas, porém, quanto às letras, as letras que me inebriavam, e ainda inebriam, são aquelas do saudoso grupo de louvor de minha infância. Lá havia esperança nas letras, expectativa em uma vida melhor com Cristo, senão houvesse melhora nesse plano terreno, haveria no plano futuro, quem sabe na segunda vinda de Jesus Cristo.




Segunda vinda de Cristo, Segundo Advento ou Parusia (grego transliterado=parousia, com o significado imediato e simples de "presença") é termo usualmente empregado com a significação religiosa de "volta gloriosa de Jesus Cristo, no final dos tempos, para presidir o Juízo Final", conforme crêem as várias religiões cristãs e muçulmanas, inclusive sincréticas e esotéricas.





As especificidades sobre o tema são definidas individualmente por cada religião ou expressão religiosa, conforme a sua crença, com pontos semelhantes e não tão semelhantes.

Os louvores me causavam verdadeiro torpor, no melhor sentido da analogia, pela expectativa do que haveria de vir, pena termos esquecido isso. Ainda na adolescência fui demonizado na igreja por escutar e deleitar-me com o bom e velho heavy metal. Coisa do Capeta, ouvindo coisas do diabo, torna-se como o próprio diabo. O diabo fez o rock n’ roll. Esses e outros infindos comentários foram ditos para tentar me tirar dos caminhos do metal. Coisas vãs foram ditas, infelizmente tais irmãos se apossaram da vontade e voz divinas para apoiar seus próprios pontos de vista. Enquanto isso, a igreja, de uma forma bem generalizada, esqueceu-se de manter seus olhos na “parousia” de Cristo e tornou-se tão imediatista e nefasta como as letras “metaleiras” que ela tanto demonizou.




Hoje meu intuito não é apresentar meu olhar teológico sobre a igreja brasileira, doente e moribunda à mercê dos imediatismos doutrinários, meu intuito é mostrar uma das músicas que mais me emocionam e emocionaram até hoje. Em minha opinião uma obra-prima que une a maestria agressiva dos acordes e riffs do heavy metal, bem como a transcendência cristã, a verdadeira parousia dos meus encantados tempos de infância. Aqui sou saudoso de dias em que a igreja não se importava com sua própria necessidade, mas com a necessidade do próximo. Saudoso dos dias em que havia paixão e prazer em tocar nas igrejas e comunidades locais, e não se um lugar ao sol nos emaranhados de gravadoras e protótipos evangélicos. Saudoso da musica congregacional que limitava sua ação ao amor e adoração com sua comunidade, sem intenção de crescimento, prosperidade, exaltação e reconhecimento, apenas adoração com um coração sincero e esperançoso no dia em que Cristo finalmente voltará. Aqui ficam meus Brados e oração de “VIDA LONGA À SCEPTRUM”, bons amigos e irmãos de caminhada, continuem trazendo esperança na parousia de Cristo e na salvação que emana “SOMENTE EM DEUS”.











Thiago Barbosa

quinta-feira, 15 de abril de 2010



Por Michael Frye

Muitos líderes de louvor lideram usando este divino instrumento, o violão acústico. Muitas equipes de louvor recebem bem o som de um violão na sua mistura, pois ele traz consigo um elemento rítmico e caloroso na experiência de adoração musical.

Aqui estão algumas dicas que eu selecionei nestes mais de 25 anos que eu toco violão ( Eu comecei cedo!):

Escolha sua palheta com sabedoria. Encontre a palheta correta (plectrum) para seu violão. Pergunte a outros que tocam melhor que você. Você vai se surpreender com a diferença de volume e timbre que uma palheta correta pode dar.

Corte as unhas. Mantenha suas unhas da mão esquerda sempre curtas ( ou mão direita, se você toca com a mão esquerda), e você vai perceber que é muito mais fácil tocar claramente os acordes.

Toque bem, dentro de suas habilidades. Quando você está liderando louvor com seu violão, toque bem, dentro de seus limites. Não tente aquele “acorde novo” até você ficar a vontade com ele, e você possa tocá-lo sem pensar nele. Tocando 75% de sua habilidade, ao invés de se contorcer para alcançar os 100% , a visão geral de sua qualidade musical vai ser maior, mais consistente e você se sentirá mais confiante.

Melhore sua noção de tempo. Para melhorar seu timing e técnicas de levadas, toque junto com um cd, bateria eletrônica e/ou metrônomo. Tocar com outras pessoas que são melhores que você também é uma forma muito boa de desenvolver suas habilidades.

Use o capo, que é uma ótima ferramenta. Evitando os acordes “armadilha”: uma música com os acordes Eb, Ab, Bb e Cm é um tanto complicada de se tocar no violão. Ponha o capo no 1º fret, e você pode fazer os acordes D, G, A e Bm, ou coloque o “capo” no 3º fret e você pode tocar com os acordes C, F, G e Am. Mudando o tom de uma música: não entre em pânico se você precisar mudar o tom de uma música. Apenas uso o “capo” e você será capaz de tocar a mesma sequência de acordes ( a não ser que você tenha que abaixar o tom, que neste caso, você terá que tocar acordes diferentes).

Mudando a sensação da música: toda forma de acorde tem um som único e um relacionamento único com outros acordes. Tente tocar uma música em E com o “capo” no 2º fret, e toque com os acorede de D. Ou toque uma música em G com o “capo” no 3º fret, e use os acordes em E. Se você tiver 2 violões tocando juntos, fica muito bom se cada um tocar acorde de formas diferentes, com um de vocês usando o “capo”.

Escolhendo o “capo”. O Kyser Quick-Change capo é uma escolha popular, pois ele pode ficar preso no fim do seu violão quando você não estiver usando. Se você achar que seu violão desafina quando você usa o Kyser tente o Shubb capo, já que ele é mais ajustável e mais acurado. Se ainda assim soar desafinado, vocé deverá ir a uma loja de violões e pedir que o ajudem – ou comprar um violão melhor!

O truque da troca de picking/strumming. Se eu quero dedilhar e fazer uma batida em uma única música, eu tenho um pequeno truque que eu uso. Segure a palheta entre seu indicador e dedo médio, mais ou menos no meio. Então você deverá ser capaz de dedilhar e segurar a palheta sem derrubá-la. Quando você quiser mudar tocando mais ritmado, você põe o seu polegar na palheta, levanta seu dedo indicador e usa seu indicador para escorregar a palheta para a posição de tocar. Com alguma prática você pode ficar muito ágil nisso. Você também pode trocar para o dedilhado usando o processo inverso.

Afinadores . Invista em um afinador de palco que você possa usar enquanto estiver tocando. Aprenda a afinar olhando tão bem quanto de ouvido. Se o afinador tiver um “bypass” e/ou a função “mute”, ainda melhor. Você pode afinar silenciosamente e plugar e desplugar seu violão (para economizar baterias) sem chatear o responsável pelo som (e destruir os ouvidos de outras pessoas).

Efeitos. Eu normalmente uso um pouco de reverb em meu violão, e uso o delay de vez em quando. Também uso o chorus, mas a chave é ser sútil.

Tocando com uma banda. Toque menos quando estiver tocando com uma banda! Melhore o som dos acordes. Fique atento aos baixos dos acordes e comece sua batida daí. (importante: não use sempre as 6 cordas) . Se você está tocando um acorde A e a nota baixa é a corda A (2º de baixo pra cima) - você deverá evitar tocar a corda E.

Michael Frye, junto com sua esposa Helen, lidera adoração na Taunton Vineyard no Reino Unido. Ele é autor da música “Seja o centro”, e tem tocado violão em várias gravações da Vineyard Music UK. Mike está atualmente desenvolvendo um projeto para encorajar pessoas à criatividade musical através do aprendizado de um instrumento, composição, gravação e apresentação.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Se eu pudesse imaginar...

Música...fenômeno que transcende os limites de nossa imaginação, melhor... ela de fato é a extensão do nosso imaginário, a nota que ecoa através de nossos anseios...a expressão máxima de nossos sentimentos...os gemidos que são expremidos do nosso âmago....
Música, música...sobrenatural, desafia os limites da nossa fé, exprime algo que talvez não ousaríamos almeijar...
É esta arte que ultrapassa os seus limites? Do natural passa para o físico, sobrenatural, se tornando intocável aos seres naturais, a partir do momento que se ecoa no ar e espaço...
Sendo tocada pode ser administrada, à princípio tangível, para depois não o ser mais, passa a fazer parte do todo. Parte do individual rumo ao coletivo e a partir daí segue seu fluxo ao eterno.
De fato, música...tem o carisma de encantar, cativar os corações....
Se eu pudesse imaginar, não faria de outra maneira, senão cantar...e talvez a música faria o resto por mim...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Perda auditiva induzida por "Música"?




Como vimos anteriormente, ruído não é somente todo e qualquer som indesejado em alta intensidade com risco de causar danos à saúde auditiva.
Também é todo e qualquer som "desejado" em alta intensidade com probabilidade de causar a perda auditiva ao indivíduo a ele exposto sistematicamente. Nesse caso, a música ou o estímulo sonoro musical se inclui!!! Pior para nós músicos...ao saber q não estamos imunes a tal moléstia...

Primeiro vamos saber qual os três tipos de perda que podem ser causadas pelo ruído em excesso....

PERDA AUDITIVA TEMPORÁRIA (TTS): Ocorre quando o indivíduo é exposto a ruído intenso mesmo que por pouco tempo, e faz com que o limiar auditivo sofra alteração. Essa redução é temporária, e a audição volta ao normal após um período de repouso auditivo.

TRAUMA ACÚSTICO: É considerado como uma perda auditiva repentina,quando ocorre uma única exposição de ruído de impacto como explosões. Pode ser irreversível ou não, dependendo da sobrecarga neurossensorial decorrente dos níveis de pressão sonora.

PERDA AUDITIVA PERMANENTE (PAIR, PAIM OU atualmente convencionada PAINPSE): É decorrente da exposição a ruídos de alta intensidade por longos períodos. É irreversível, pois há destruição de células auditivas.

Como se observa a irreversibilidade da lesão não se deve somente a intensidade dos níveis de pressão sonora, mas também ao tempo de exposição a este estímulo sonoro elevado. Desta forma vemos uma tabela que auxilia muito na correlação entre as intensidades e o tempo máximo de exposição, presentes na NR-15, norma regulamentadora do Ministério de Trabalho que prevê os limites de tolerância para níveis de pressão sonora em cargos insalubres:


Então qual a melhor forma de se prevenir?

Simples, tentar evitar ao máximo exposições à niveis de pressão sonora elevados por períodos que apresentem risco à audição, porém, isso é possível?

Acredito que sim. Tenho mais de 10 anos de experiência ligada intimamente à música: ensaiando, tocando e cantando....e meus limiares auditivos ainda estão na normalidade, pelo menos na última vez em que me submeti à audiometria...

Deixo aqui minhas dicas práticas para vc manter sua audição intacta sem deixar de desfrutar dos prazeres que a música nos oferece.

1- Use protetores auriculares

Existem hoje no mercado diferentes tipos de protetores auditivos...desde os intra-auriculares, normalmente de silicone, até os famosos abafadores tipo phone. São de diversos modelos e materiais, atenuando desde 8 dB até 40 dB aproximadamente dependendo do tipo, modelo e material. Sinceramente não sou adepto do uso de protetores no meio musical, porque pra mim eles tiram a sensibilidade auditiva e interferem na minha acuidade auditiva para perceber as nuances da música. Porém conheço muitos músicos que usam em ensaios e até mesmo em shows sem problemas...principalmente bateristas, uma vez que em ensaios, eles priorizam mais a coordenação de movimentos do que as harmonias.


















2- Diminua o volume e se guarde para as apresentações e shows

Durante os ensaios, você não precisa tocar com volume o suficiente como se fosse para centenas ou milhares de pessoas!!!! O ensaio é o momento onde é passado os arranjos das canções, onde é priorizado a dinâmica e a interação da banda, onde são reparadas as "arestas" das músicas. Diminua o volume geral da banda de tal forma que todos os instrumentos sejam ouvidos e sejam equilibrados. Se guarde para o show...lá sim, dependendo do espaço e da estrutura você com certeza precisará de mais pressão sonora para realizar a apresentação, no entanto é necessário ter bom senso...aí entra a terceira dica.

3- Reveja o tipo de equipamento q vc utiliza tanto nos shows qto nos ensaios

Quem presenciou os anos 70, 80 e começo dos anos 90 sabe do que eu estou falando....paredes e paredes de amplificadores, jogando quilos e quilos de pressão sonora!!!! Aquilo é rocknroll!!!!! Ou melhor...era...Com a medida do tempo em que se foi vendo as consequências das atitudes desmedidas do passado, a indústria da musica procurou rever seus conceitos e aprender com os seus erros...No tópico anterior vimos o audiograma do guitarrista do Mr. Big, Paul Gilbert. Isso se deu após shows e mais shows frente a aquela parede de amplificadores. Com certeza olhando hoje, relamente era uma atitude desnecessária. Hoje vemos como mudou a ótica dos equipamentos e suas disposições e localizações nos palcos. Para ambientes menores aplificadores menores e para ambientes maiores, amplificadores de estatura compatível para o local. No caso de grandes lugares para shows e apresentações como ginásios e estádios, deixa-se o trabalho de propagação do som para os P.A´s. O amplificador no caso será responsável somente por dar o feedback e gerar o timbre do instrumento ao gosto do músico e dos técnicos. Com um bom conjunto de microfonação profissional, o som do amplificador será reproduzido pelos P.A´s sendo eles os responsáveis por projetar todo o som para o restante do local. Pouco se vê hoje em dia paredes e paredes de amplificadores...visualmente pode até ser diferente, portanto, no aspecto funcional auditivo, pouca é a diferença, senão nenhuma, portanto o resultado acaba sendo o mesmo.




4- Guarde o repouso auditivo e sensibilize a sua audição

É importante guardar o repouso auditivo nos momentos em que vc não estiver tocando. O repouso auditivo é o momento no qual vc se isenta de ouvir sons em alta intensidade, se permitindo o silêncio por algumas horas. O repouso auditivo indicado para a realização da audiometria é de 14 horas, portanto, depois de um show ou apresentação, procure tirar um repouso auditivo por este período pelo menos para que as estruturas internas do ouvido possam se reestabelecer do processo de fadiga, evitando posteriores lesões. Músico sempre gosta de ouvir música em alto volume por uma cultura adquirida de forma errada. Tudo tem o seu momento...fora das apresentações e shows, ouça sempre som em volume agradável e de preferência sem fones de ouvido, principalmente aqueles de inserção!!!! Qto mais interno for o fone de ouvido, mais forte será o impacto sonoro na cóclea. Ouvindo música pelas caixas de som e em volume médio você estará sensibilizando sua audição, criando um hábito saudável e evitando lesões posteriores.

Com essas dicas vemos que podemos manter a nossa saúde e qualidade de vida sem perder a atitude!!!!

Diogo Barbosa e Silva.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O mecanismo da Audição - Importante para o músico?

Em meu cotidiano, me deparo com diversos tipos de patologias, afecções e alterações que envolvem a comunicação do ser em um ou vários aspectos. No meu caso, como me especializei em audiologia clínica, nada mais natural me identificar no dia a dia com diferentes tipos de transtornos no âmbito da audição.

Na verdade há muito mais em comum entre a audiologia clínica e a música do que realmente as pessoas imaginam. Para ser franco, a música me direcionou primeiramente para a fonoaudiologia e em seguida para a especificidade em audiologia dentro desta graduação.

Aos 17 anos me submeti ao famigerado teste vocacional, pouco antes de prestar o vestibular. Confesso que ainda estava confuso com relação à minha futura profissão. Estranhei a princípio, mas após as primeiras sessões, as coisas iam se esclarecendo e tomando forma por si só, até chegar de fato às minhas inclinações vocacionais.

Graças às minhas aptidões musicais, pude compreender melhor os objetos de estudo compreendidos na fonoaudiologia como ciência, tais como: a linguagem como forma de expressão e conteúdo, o aparelho fonador, a laringe e todas suas estruturas, os aspectos físicos do som, freqüência fundamental, espectros sonoros e outros mais.

Mas o assunto em questão é algo que me fascina a cada dia de trabalho: A audição.

A audição é algo essencial ao ser humano, é o meio mais natural e direto de recepção através do som, pois sem ela não podemos adquirir ou abstrair informações para a construção de tudo que somos e representamos como pessoas, quanto mais para a nossa comunicação como indivíduos de uma sociedade amplamente interativa.

O ouvido é um órgão receptivo totalmente sensorial, ou seja, ele interage e “responde” mediante aos diferentes estímulos sonoros existentes. Ele se divide em basicamente 3 partes: Orelha externa, orelha média e orelha interna. A orelha externa compreende desde o pavilhão auricular até a membrana timpânica. A orelha média parte da membrana timpânica até a entrada do estribo (último dos 3 ossículos) na janela oval. A orelha interna compreende desde a cóclea até o córtex auditivo situado no lobo temporal.



O importante é salientar que a nossa audição pode ser acometida de diversas afecções e doenças, desde uma simples infecção de ouvido até um neurinoma do acústico, um tipo de tumor que acomete o nervo vestíbulo-coclear ou auditivo.

O percurso da passagem do estímulo sonoro é o mais fascinante, pois ao momento que o som percorre as 3 orelhas, há transformações peculiares à localização dos órgãos que são responsáveis pela transdução do som.

Ao passar pelas orelhas externa e média, a transdução do som é feita através de sistemas mecânicos, com mecanismos de alavanca, amplificando o som desde a sua entrada no conduto auditivo externo até o final do estribo em até 21 vezes, correspondendo a mais ou menos uns 60 dB de amplificação natural.

Na orelha interna, ao adentrar pela janela oval, o som percorre pela cóclea, um importante órgão sensorial da audição, que através da movimentação das células ciliadas externas, desencadeiam a bomba de sódio-potássio, despolarizando estas células e enviando já em forma de impulso elétrico-nervoso através das células ciliadas internas a informação pelo nervo auditivo até ao córtex auditivo, responsável pela recepção de todas as informações sensoriais auditivas.



Este fenômeno que ocorre durante o percurso da onda viajante pela cóclea se chama “Mecanismo Eletrobiomecânico” da Cóclea.

A perda auditiva mais comum, consiste na devastação das células ciliadas externas, responsáveis por fazer a transdução da forma mecânica em estímulos nervosos, localizada na cóclea. A etiologia ou causa mais comum e recorrente dessas “devastações” se dá pelo excesso de exposição ao ruído elevado em um determinado ambiente.

Ruído não se limita somente à um determinado som indesejado. Ele se classifica como toda e qualquer forma de estímulo sonoro em alta intensidade que apresente riscos à saúde auditiva mediante exposição prolongada e sistemática.

Vários músicos e artistas já foram acometidos por esta patologia pela longa exposição aos sons altos emitidos nos shows ao longo de anos e anos de carreira. O cantor Rod Stewart e o guitar hero Paul Gilbert são alguns desses que hoje defendem a prevenção da PAINPSE (Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados), pois, uma vez que se perde, esta lesão se torna irreversível.

Audiograma do guitarrista Paul Gilbert (observe o entalhe em agudos):



Portanto tome cuidado com a sua audição, como dizia o poeta Décio Pignatari:

"O ouvido não tem pálpebras"

Em breve discutiremos o que podemos fazer para prevenir a perda auditiva induzida por ruído ou música, no nosso caso...

Até mais moçada...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Contextualidade de uma boa música - Relembrando os velhos tempos...

Como é doce a infância...Que eu me lembre, a primeira canção que escutei foi "Lobo Mal" do Fruto Sagrado. Era meados de 1993 e eu estava passando a tarde na casa das minhas tias. Elas já conheciam a Cristo nessa época, eu e meu irmão ouvíamos falar de tal Cristo...bom e distante. Na verdade não distinguia muito bem na época o que era Deus e o que era Jesus...seus papéis se misturavam em minha cabeça.

Mas enfim, nesta tarde não muito diferente das outras, tia Walkíria nos evangelizava de forma bem contextualizada e atual, dizendo que ser crente não é ser careta. Foi na estante e pegou o Long Play (LP - não existia CD ainda...rs) do Fruto Sagrado entitulado "Na contramão do sistema". A capa era um menino na faixa dos seus 13 anos, com uma guitarra na mão, boné virado, óculos escuros e allstar sujos nos pés. Aquilo era pra mim!!! E com certeza foi crucial para formação do músico/cristão que hoje sou!

Tia Walquíria colocou esse LP no toca discos e a primeira música que saiu foi "Lobo Mal":

"Lobo, na pele de cordeiro é lobo mal
Lobo, na pele de cordeiro não ...yé...
Usa terno e gravata, parece até o que não é
Consciência cauterizada, coração petrificado
Queimando o filme atrapalhando o trabalho
dos verdadeiros homens de Deus, dos verdadeiros homens de Deus
Garras afiadas, tudo oque eles querem é teatro perfeito, histeria total
Meias verdades tudo enganação, tome cuidado com o Lobo Mal...

Os seus dias estão contados, sua sentença assinada
Não tem pra onde fugir, não tem pra onde correr
Com dinheiro dos inocentes pensou ter construído o seu próprio céu
Com as almas dos inocentes ele garantiu o seu lugar no Inferno Palace Hotel!!!"







Agora outra mais recente, do álbum "Distorção":


"Nessas horas que eu me lembro
Que o sofrimento é um megafone
É Deus pra mim gritando que eu não sou o super-homem
Que eu sou de carne e osso que eu vou passar sufoco
Vou fazer o quê? Não vou esconder meu choro
Às vezes é mais fácil fingir, eu sei
Fazer de conta que tá tudo bem que tá tudo zen
Disfarçar que não tem nada dando errado
Mas eu não sou o superman

Se não fosse por Você eu jogava a toalha
Tenho visto tanta coisa errada nesta estrada
Muito falso herói se achando o tal
Iludido com aplausos, elogios... com o pedestal
Até eu já vacilei, dei bobeira, viajei
Esqueci que levo tombo como qualquer um
Esqueci que levo tombo, esqueci que sou normal
Alguém aqui é normal?

Eu sou diferente, igual a todo mundo
Sem Você eu não sou ninguém
Eu sou igual a todo mundo
Não existe superman

Eu vou insistir em Te acompanhar
Haja o que houver, acredite quem quiser
Mesmo tropeçando eu tô aprendendo
Tô descobrindo que pra tudo existe um tempo
Por isso eu tô na luta, tô sobrevivendo
São nessas horas que eu me lembro
Que às vezes eu machuco, às vezes me machuco
Explodindo por fora, explodindo por dentro
Mas eu tô aprendendo, tô aprendendo

Agora eu tô sabendo
Que o sofrimento é um megafone
É Deus pra mim gritando que eu não sou super-homem
Que eu sou de carne e osso que eu vou passar sufoco
Agora eu não esquento não vou esconder meu choro
Afinal eu sou um cara comum
Que também leva tombo como qualquer um
Que tropeça, levanta mas não sai da dança
Tropeça, levanta e não sai da dança

Eu sou diferente, igual a todo mundo
Sem Você eu não sou ninguém
Eu sou igual a todo mundo...

Às vezes é mais fácil
Fazer de conta que tá tudo bem
Mas você sabe que eu não sou o superman

Eu sou diferente, igual a todo mundo
Sem Você eu não sou ninguém
Eu sou igual a todo mundo
Não existe superman"






Que contexto! Brilhante...atual...cru...Uma pancada nos miolos! Tem como ser mais evangelístico do que isso?

Apesar de "Lobo Mal" ser feita há 17 anos atrás e "Superman" ser feita há 4 anos no máximo, pode-se evidenciar hoje as mesmas verdades ditas nas duas letras dessas músicas. Essa informação me alicerçou nas verdades sagradas que hoje tento seguir e guardar em meu coração.

Estou dizendo isso para alertá-los de que não existe fórmulas, rótulos para adoração através da música.

A verdadeira adoração simplesmente nos abre os olhos de quem somos e de quem Deus é, nos dando uma consciência de reconhecimento de Cristo (Rm 12:2 - "Transformaivos pela renovação da vossa mente").

Reconhecer não é simplesmente saber que ele existe, não é dizer que Ele (Jesus) é um cara legal...

Seu carro quebra no meio da rua. Você olha para um lado e vê um distinto senhor, cabelos grisalhos, terno fino, jaleco branco por cima. Um médico. você olha para outro lado e vê um senhor sujo, macacão imundo e esfarrapado, mãos sujas de graxa. Um mecânico. Qual dos dois são aptos a resolver seu problema? Creio que é o mecânico, não é mesmo? Toda a formação do médico não o ajudaria em nada nessa hora.

Portanto, reconhecer a Cristo é saber que Ele é o único que pode resolver seus problemas, aliás, Ele veio aqui unicamente e exclusivamente com esse objetivo. Resolver um "problemão" para nós. Nos livrar de uma condenação que estava previamente declarada.

Abra sua mente, não se tolha a rótulos e estereótipos com relação a formas de louvor e adoração. Experimente coisas diferentes, fatos que tenham conteúdo e que fale principalmente coisas que te instiguem a pensar, confrontando seu modo de racionalizar Deus.

As letras de uma canção de adoração se tornam atemporais quando o fazemos inspirados em Deus. A eternidade do Pai é representada na atualidade dos contextos em que se moldam as letras de uma boa música cristã.

Diogo Barbosa.
Como é doce a infância...



Que eu me lembre, a primeira canção que escutei foi "Lobo Mal" do Fruto Sagrado. Era meados de 1993 e eu estava passando a tarde na casa das minhas tias. Elas já conheciam a Cristo nessa época, eu e meu irmão ouvíamos falar de tal Cristo...bom e distante. Na verdade não distinguia muito bem na época o que era Deus e o que era Jesus...seus papéis se misturavam em minha cabeça.



Mas enfim nesta tarde não muito diferente das outras, tia Walkíria nos evangelizava de forma bem contextualizada e atual, dizendo que ser crente não é ser careta. Foi na estante e pegou o Long Play (LP - não existia CD ainda...rs) do Fruto Sagrado entitulado "Na contramão do sistema". A capa era um menino na faixa dos seus 13 anos (mais ou menos nossas idades), com uma guitarra na mão, boné virado, óculos escuros e allstar sujos nos pés.



Colocou esse LP no toca discos e a primeira música que saiu foi "Lobo Mal":



"Lobo, na pele de cordeiro é lobo mal

Lobo, na pele de cordeiro não ...yé...



Usa terno e gravata, parece até o que não é

Consciência cauterizada, coração petrificado

Queimando o filme atrapalhando o trabalho

dos verdadeiros homens de Deus, dos verdadeiros homens de Deus



Garras afiadas, tudo oque eles querem é teatro perfeito, histeria total

Meias verdades tudo enganação, tome cuidado com o Lobo Mal...



Os seus dias estão contados, sua sentença assinada

Não tem pra onde fugir, não tem pra onde correr

Com dinheiro dos inocentes pensou ter construído o seu próprio céu

Com as almas dos inocentes ele garantiu o seu lugar no Inferno Palace Hotel!!!"









Teve outra que me marcou muito também do mesmo álbum. Se chama "Investimento":



"Eu preciso dizer a você, quantas vezes tiver que dizer,

Que ninguém é tão perfeito e tão grande que não necessite de Deus!
Quanto mais eu me entrego a Deus tanto mais eu recebo em amor;


No melhor investimento, o que dou recebo em dobro, pode crer!
Crer que existe alguém, um ser maior,


Preocupado com nosso futuro se o presente não vemos passar;
Algo mais que uma velha utopia, um seguro de vida melhor.


Não é ilusão, não é ficção; em Deus eu confio!
Hoje em dia não dá pra negar que é loucura comprar ilusão;


Muita gente acha que o certo é encher o bolso de grana, nada mais!
Os valores humanos não são suficientes pra me promover;


O suor do meu trabalho reverti àquele em quem eu posso crer."



Que contexto...brilhante...atual...cru...Uma pancada nos miolos! Tem como ser mais evangelístico do que isso?



Apesar de ser feita há 17 anos atrás, pode-se evidenciar ainda hoje as verdades ditas nas letras dessas músicas. Essa informação me alicerçou nas verdades sagradas que hoje tento seguir e guardar em meu coração.



Estou dizendo isso para alertá-los de que não existe fórmulas, rótulos para adoração.



A verdadeira adoração simplesmente nos abre os olhos de quem somos e de quem Deus é, nos dando uma consciência de reconhecimento de Cristo (Rm 12:2 - "Transformaivos pela renovação da vossa mente").



Reconhecer não é simplesmente saber que ele existe, não é dizer que Ele (Jesus) é um cara legal.



Seu carro quebra no meio da rua. Você olha para um lado e vê um distinto senhor, cabelos grisalhos, terno fino, jaleco branco por cima. Um médico. você olha para outro lado e vê um senhor sujo, macacão imundo e esfarrapado, mãos sujas de graxa. Um mecânico. Qual dos dois são aptos a resolver seu problema? Creio que é o mecânico, não é mesmo? Toda a formação do médico não o ajudaria em nada nessa hora.



Reconhecer a Cristo é saber que Ele é o único que pode resolver seus problemas, aliás, Ele veio aqui unicamente e exclusivamente com esse objetivo. Resolver um "problemão" para nós. Nos livrar de uma condenação que estava previamente declarada.



Abra sua mente, não se tolha a rótulos e estereótipos com relação a formas de louvor e adoração. Experimente coisas diferentes, fatos que tenham conteúdo e que fale principalmente coisas que te instiguem a pensar, confrontando seu modo de racionalizar Deus.

terça-feira, 9 de março de 2010

Servindo a dois senhores? Mantendo o foco ao compasso dos tempos na indústria da música...



Música gospel agita mercado fonográfico no Brasil


A música gospel e a de orientação católica ampliam cada vez mais os seus horizontes e se firmam entre as mais rentáveis no mercado fonográfico brasileiro. Não faltam indicações para reforçar tal afirmação. A Som Livre, que até há pouco só se dedicava a produtos de música secular (aquela que não tem essência religiosa), conta há quase dois anos com um selo exclusivo para lançamentos gospel e católicos.


A gravadora global já lançou quase 100 itens do gênero. Em seu catálogo, eles contam com CDs e DVDs de alguns dos campeões do gênero, entre os quais os grupos Rosa de Saron, a cantora Aline Barros e o Padre Fábio de Melo, além do Ministério do Louvor Diante do Trono. Quem em breve movimentará esse mercado será a Sony Music, que anunciou há pouco a criação de um selo dedicado à música gospel. Ainda não foram divulgados nomes que entrarão em seu elenco, mas especula-se que até 20 artistas serão contratados.


Se gravadoras que até há pouco torciam o nariz para a música religiosa entraram nesse ramo, é especialmente porque as gravadoras especializadas no gênero souberam atuar de forma competente e e levá-lo ao auge atual. Criada em 1992, a Line Records, por exemplo, conseguiu se firmar como uma das gravadoras mais importantes do setor. Atualmente, conta com nomes fortíssimos do gospel como Regis Danese, Soraya Moraes, J. Neto, Robinson Monteiro e Mara Maravilha.


A MK Music é outro selo importante, que atualmente conta em seu elenco com Aline Barros, que tem 33 anos e é uma das responsáveis pela ampliação do público deste gênero musical. A própria Som Livre já lançou uma coletânea com sucessos de Aline.


Uma das razões para a ampliação do público gospel e católico é o fato de esses gêneros terem mergulhado em outras influências musicais como rock, soul, romantismo e MPB, o que tornou o estilo mais pop e mais assimilável pelo grande público. Um bom exemplo é o grupo Oficina G3. Trata-se de uma das bandas de rock mais respeitadas do Brasil. Seu guitarrista Juninho Afram já foi capa inúmeras vezes de revistas seculares dedicadas ao instrumento. O Catedral e o Rosa de Saron são outros grupos roqueiros que ajudaram a popularizar a música de cunho religioso. Fonte: portal r7

-->Permita-me fazer uma correção. A razão para a "ampliação" do público gospel não se deve à influência de estilos como rock, soul, romântico e pop no meio musical cristão. Esses estilos já eram evidenciados em muitos ministérios, há 15, 20 anos atrás.


O que será então? Empresas como a Sony e a Som Livre se converteram? Será que elas se arrependeram dos seus maus caminhos e agora decidiram a se dedicar às causas dos evangélicos do Brasil? Não sou ingênuo de confirmar tal atrocidade.


A razão para esta "adesão", meio que repentina, das indústrias fonográficas globais e multinacionais se deve somente à uma coisa: Dinheiro.


Não me entendam mal. Não sou contra os artistas cristãos tirarem seu sustento da arte, com a vendagem de seus trabalhos autorais. Paulo nos diz: "Um soldado não vai a guerra à sua própria custa". De fato, um músico ou artista cristão precisa sobreviver como qualquer outro profissional. Não é essa a questão, mas, me assusta em demasia toda esta "aceitação" do evangelho por parte das gravadoras e executivos.


Digo isso porque, todo esse marketing e mídia reflete supostas "conversões" que não são genuínas e consequentemente nos leva à uma adoração que não é de fato verdadeira.


Ainda não entendeu? Vou me fazer entender....


Falando ainda em motivos, uma das razões que levaram o cristianismo a se espalhar com uma velocidade extrema pelo oriente médio, ásia e europa nos primeiros 3 séculos da igreja foi o impacto social que as conversões geravam. O paganismo era a forma de religião que reinava pelo império romano, portanto o estilo de vida dos cidadãos do império se misturavam com a cultura helênica e os hábitos pagãos. Não havia separação da vida secular com a religião.


Um alfaite costurava tanto para as pessoas normais da sociedade, quanto para as sacerdotisas de Apolo. Um mestre de obras fazia desde construções para a aristocracia romana, como templos para o deus Mercúrio. Havia comemorações corriqueiras de ofertas e sacrifícios aos deuses toda semana, onde toda comunidade era convidada, senão convocada, a participar. Isso fora o "Culto ao Imperador" que havia de ser feito por cada cidadão do império pelo menos uma vez ao ano.


Os novos cristãos ao se converterem, causaram uma cisão social e economica no império, ao romper com o estilo de vida daquela população e comunidade romana. Como consequência houve também muitas perseguições, mas de fato isso atestava uma genuína conversão, respaldando a essência e a ortodoxia do evangelho.


Então hoje, atualmente nos deparamos com um selo que ao mesmo tempo que promove um artista cristão, promove também um trabalho de funk do morro com toda a sua ideologia e estilo de vida...e nós como povo de Deus, ainda nos gabamos de tal façanha? Isso é muito confuso pra mim. É preciso manter os olhos fixos no verdadeiro alvo...


O reconhecimento pelo meio secular dos nossos artistas e músicos cristãos como profissionais de valor é totalmente aceitável e longe de mim julgar as motivações destes artistas, porque se forem verdadeiros diante de Deus, com certeza não terão nada a temer.


Contudo, ressalto que é preciso caminhar com cuidado nesses tempos; onde a linha que divide o modo de vida pagão e o estilo de vida cristão a qual muitos defenderam com seu sangue se torna cada vez mais tênue....


Faço das palavras de Jesus as minhas:


Mt 6:24 - "Ninguém pode servir a dois senhores; porque há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará a outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom."


Diogo Barbosa.
Permitam-me compartilhar com vocês uma matéria vista no site Supergospel:



Música gospel agita mercado fonográfico no Brasil



A música gospel e a de orientação católica ampliam cada vez mais os seus horizontes e se firmam entre as mais rentáveis no mercado fonográfico brasileiro. Não faltam indicações para reforçar tal afirmação. A Som Livre, que até há pouco só se dedicava a produtos de música secular (aquela que não tem essência religiosa), conta há quase dois anos com um selo exclusivo para lançamentos gospel e católicos.



A gravadora global já lançou quase 100 itens do gênero. Em seu catálogo, eles contam com CDs e DVDs de alguns dos campeões do gênero, entre os quais os grupos Rosa de Saron, a cantora Aline Barros e o Padre Fábio de Melo, além do Ministério do Louvor Diante do Trono.

Quem em breve movimentará esse mercado será a Sony Music, que anunciou há pouco a criação de um selo dedicado à música gospel. Ainda não foram divulgados nomes que entrarão em seu elenco, mas especula-se que até 20 artistas serão contratados.



Se gravadoras que até há pouco torciam o nariz para a música religiosa entraram nesse ramo, é especialmente porque as gravadoras especializadas no gênero souberam atuar de forma competente e e levá-lo ao auge atual.



Criada em 1992, a Line Records, por exemplo, conseguiu se firmar como uma das gravadoras mais importantes do setor. Atualmente, conta com nomes fortíssimos do gospel como Regis Danese, Soraya Moraes, J. Neto, Robinson Monteiro e Mara Maravilha. A MK Music é outro selo importante, que atualmente conta em seu elenco com Aline Barros, que tem 33 anos e é uma das responsáveis pela ampliação do público deste gênero musical. A própria Som Livre já lançou uma coletânea com sucessos de Aline.



Uma das razões para a ampliação do público gospel e católico é o fato de esses gêneros terem mergulhado em outras influências musicais como rock, soul, romantismo e MPB, o que tornou o estilo mais pop e mais assimilável pelo grande público. Um bom exemplo é o grupo Oficina G3. Trata-se de uma das bandas de rock mais respeitadas do Brasil. Seu guitarrista Juninho Afram já foi capa inúmeras vezes de revistas seculares dedicadas ao instrumento. O Catedral e o Rosa de Saron são outros grupos roqueiros que ajudaram a popularizar a música de cunho religioso.

Fonte: portal r7



Permita-me corrigir parte do texto. Uma das razões para esta "ampliação" do público gospel "não" é o fato dos artistas evangélicos estarem demonstando influências musicais como rock, soul, romantismo e MPB. Esses estilos já eram executados há 15, 20 anos atrás. Mas por quê só agora está havendo esta aceitação por parte da indústria? Ela de fato terá se arrependido dos seus maus caminhos e reconhecido a Cristo como suficiente salvador? Bem, queria ser tão ingênuo assim, mas não.

O que faz uma mesma empresa disseminar uma cultura cristã e ao mesmo tempo lançar uma cultura funk do morro, com letras "tão a ver" com as verdades de Cristo? Uma simples coisa: Dinheiro, e muito. Aliás não é o que move o mundo?

Agora me respondam rápido: O que move o coração de Deus? Aí já não é tão simples a questão, não é verdade?



Falando de razões...uma das razões pelas quais o cristianismo foi tão difundido e espalhado nos primeiros 3 séculos de existência, foi o impacto social que o estilo de vida cristão causou. O paganismo era a forma religiosa do império romano. E a religião pagã se confundia com o estilo de vida dos cidadãos do império. Um alfaiate costurava para a população ao mesmo tempo que fazia as vestimentas sagradas para as sacerdotisas do templo pagão. O mestre de obras ao mesmo tempo que fazia uma residência para algum membro da aristocracia, fazia um templo para o deus Mercúrio. Quando estes se converteram e optaram por Cristo, eles se viram servindo a propósitos que não condiziam com as verdades sagradas. Isto causou uma cisão nos costumes e ditames da época. E com certeza esse foi um dos principais motivos pelas quais os cristãos foram perseguidos, porém foi mantida a essência e a ortodoxia do evangelho, para que fosse chegada a nós hoje as boas novas de salvação.



Atualmente vejo o caminho inverso. Me preocupa o fato de sermos tão aceitos assim. Tudo bem, o nosso talento e dons musicais tem que ser reconhecido pelas outras pessoas...Agora como princípios que ferem o "estilo de vida pagão" pode ser tão facilmente aceito desta forma por uma indústria que dissemina a cultura pagã atual?



Não digo que estes artistas cristãos citados na matéria acima, uma vez que agora estão lançando trabalhos por estes selos, estão errados e nem certos. Não conheço suas motivações. Porém, acredito que a música cristã contemporânea tem andado por uma linha tênue.



Termino fazendo das minhas, as palavras de Jesus:

segunda-feira, 8 de março de 2010

Aprendendo a tocar como parte de um grupo




Uma das minhas principais ocupações com certeza é a música. Quando estou no consultório durante o dia e obviamente não posso tocar, a música não deixa de estar presente na minha realidade como fonoaudiólogo. Sempre gosto de ouvir música e sendo assim, as deixo de fundo, servindo como trilha sonora do meu trabalho.

No meu notebook rola de tudo, desde rock até as músicas mais calmas e melosas. Descobri que é necessário não ter preconceitos com relação a estilos se você quer realmente ser um bom músico, porém isso é assunto para outro tópico...
Mas fala sério, como é bom pegar um CD e ouvir uma banda ou conjunto tocando! Tudo é tão claro, transparente, harmonioso e acima de tudo, na medida certa!

Quando você toca ao vivo na igreja ou até mesmo em outras ocasiões com um grupo e de repente você se vê em uma experiência dentro de estúdio, na gravação de qualquer trabalho ou projeto, você percebe que as coisas não podem ser feitas da mesma maneira.
O que quero dizer é que, no momento que você participa de uma gravação, a música é dividida e segmentada em várias partes. Os instrumentos são gravados separadamente, são estabelecidos diversas linhas de gravação para cada determinado instrumento, vários arranjos são formados separadamente e pouco a pouco a música vai tomando forma até se tornar aquilo que ouvimos em um CD. A princípio você chega até a duvidar do resultado positivo, mas no final, tudo se encaixa.
Quando você toca e faz parte de um grupo, é difícil você ter esta mentalidade. Pelo menos comigo foi assim.

Essa experiência mostrou para mim que em um grupo, cada um tem que executar seu papel de forma a não atropelar o outro. Com certeza não é isso que se vê em inúmeros conjuntos e bandas. Isso acontece pelo fato de que, assim como na gravação a princípio, você só tem uma visão fracionada do que está rolando e desta forma você tenta preencher os espaços dos outros que estão com você. O fato é que na maioria das vezes, cada membro de um grupo só se preocupa com o seu, não observando o geral, o aspecto global do conjunto. A maioria tem uma visão “micro” da coisa toda e acabam não observando o “macro”.

Um dos motivos que também contribuem para que haja essa total bagunça dentro de uma banda ou grupo, é que muitos músicos tem em sua formação inicial somente experiências como instrumentista solo. Ele aprendeu a tocar muito sozinho e quando este ingressa em um grupo de louvor, ele não adapta sua forma de tocar a fim de agregar como parte do grupo.

Por exemplo: Um tecladista normalmente aprende a tocar fazendo os acordes de grave (baixo) com a mão esquerda e as partes de solo com a mão direita. Está correto, mas quando o mesmo entra em um conjunto sem ter esta “visão de banda”, o mesmo tende a se embolar com os demais instrumentos de harmonia do grupo, principalmente com o baixista. Isto acontece porque há uma soma de freqüências graves quando o contrabaixo está em ação. Dependendo da linha que o baixista e o tecladista tomarem, provavelmente também haverá desencontros de tempo dessas notas graves, tornando a coisa toda uma verdadeira bagunça.

O ideal nesse caso é deixar as notas mais “baixas” para o contrabaixo, que tem como característica sonora os graves. Você tem outras oitavas para tocar. Trabalhe acordes de sustentação em outras freqüências como os médios e agudos, a fim de não somar freqüências com os outros instrumentos, principalmente com o baixo em questão, neste exemplo.
O segredo é se concentrar na sonoridade do seu instrumento e observar o que a música pede de você como parte do grupo naquela hora.

Como guitarrista, há determinadas músicas que me pedem somente para segurar em uma determinada nota em uma parte da música somente. Parece até meio sem graça a princípio, mas com certeza, no geral, o resultado sempre é fascinante. Eu não posso me esquecer que há uma banda tocando atrás de mim, portanto, eu tenho que confiar neles.
A Vineyard é um dos ministérios que mais gosto, porque eles tem esta consciência. Os grupos da Vineyard tem um slogan associado à forma de tocarem que diz: “O menos é mais”. Se cada um fizer o seu “pouco” individualmente, teremos um resultado bem “maior” como grupo. É fundamental que tenhamos a humildade e a sensibilidade para perceber que somos uma fração do grupo de louvor. Assim como em uma orquestra, cada músico membro serve e contribui para o conjunto e não o contrário.


http://www.youtube.com/watch?v=7mhN-PGPM7Y

sexta-feira, 5 de março de 2010

Composição - em busca da autenticidade

Por John Eldredge


Existem algumas poucas coisas que eu queria dizer aos líderes de louvor e para os compositores de músicas de adoração do século XXI. A primeira coisa que eu gostaria de dizer — perdoe-me por ser dolorosamente óbvio — tem a ver com autenticidade. Se alguém se propõe a liderar adoração e compor músicas de adoração, esperamos que essa pessoa já tenha estado lá antes. Isso significa que você está falando sobre coisas que você conhece. Ao liderar, você está dizendo: “eu conheço o caminho; eu já estive lá antes, e esse terreno me é familiar”. Não estou falando sobre a experiência da adoração, mas sobre andar com Deus. Estamos presumindo que você sabe o que isso tudo significa, e que tudo o que você escrever, tudo o que você falar, tudo o que você cantar, tocar e tudo o mais que acontecer será uma conseqüência da sua experiência pessoal.

A pressão surge quando você tem que forjar uma experiência que,honestamente, está além daquilo que você vivencia. Você nunca teve aquela experiência e, de repente, tudo o que você tem não passa de algo que nãoé genuíno. Você irá escrever sobre coisas intangíveis e superespiritualizadas, que irão soar vazias. Ou talvez você irá desejar que elas pareçam genuínas. Ao conduzir o louvor, você estará fazendo uma apresentação. E, francamente, nós já não temos visto muito disso?

Isso tudo nos mostra que você deve descobrir como fazer as coisas de coração. A adoração é uma experiência que flui do nosso coração para o coração de Deus. É uma experiência de coração para coração, e por isso devemos aprender a fazer as coisas com sinceridade. Você deve conhecer o caminho do quebrantamento, da dificuldade, da desolação e o caminho da intimidade, do relacionamento, da cura e da vida. Você deve experimentar fazer as coisas de coração — e espero que aquilo que Deus tenha para fazer em sua vida, como líder ou compositor, seja conduzi-lo a essa jornada do coração. O que Deus quer fazer é levá-lo a essas regiões mais sensíveis da sua alma, para que você adquira o conhecimento e a profundidade que só a experiência poderá lhe dar, e, dessa forma, seja capaz conduzir sua comunidade a um nível mais intenso de adoração.

John Eldredge é atualmente um dos mais conhecidos autores cristãos. Seus livros, como The Sacred Romance (em co-autoria com Brent Curtis), Journey of Desire, Wild at Heart e Waking the Dead estão dando um novo formato ao pensamento cristão-evanvélico.

É importante estarmos cientes de que o nosso estilo de vida não é baseado em falsas experiências ou sensações. A Deus não se engana. O espírito santo testifica se as nossas relações com o Pai e o Filho estão sendo baseadas em uma farsa ou dentro da nossa realidade. Aliás, não é necessário nem ser testificado pelo espírito embora ele o faça. É notório quando uma pessoa está ministrando algo que não corresponde à sua verdade.
Lembre-se:
Você não precisa passar imagens ou situações que não sejam da sua realidade. Pessoas serão mais edificadas com seu exemplo de vida por mais simples que possa parecer pelo simples fato de que se aconteceu contigo, você falará com mais autoridade e propriedade. A melhor forma de fazer isso é sendo verdadeiro consigo mesmo.

Abraço a todos e bom fim de semana!

Incentivando uma mente criativa


Deus nos deu uma mente dotada de inteligência para criármos e desta forma devolver o privilégio de sermos filhos em forma de exaltação e glorificação do Pai, portanto convém que seja feito o nosso melhor para aquele que nos gerou, não acham?
Por exemplo...eu como músico, posso muito bem criar músicas que falam de amor, paixão, que contam histórias curiosas e tudo mais...porém a minha experiência com Deus me levou por um caminho de gratidão, da qual não posso mais recuar. Desde a minha caminhada no começo da música, só pensei em desenvolver o dom de Deus em mim de maneira a criar formas de devolver tamanho favor imerecido...desta forma nasceu minha primeira composição: "Verdadeira Razão".
Paulo nos diz em sua epístola aos Romanos:
Rm 11:36 - "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém"

Quero te estimular neste capítulo, a desenvolver uma mente criativa para a composição de cânticos através de dicas práticas que funcionaram bem pra mim em minha experiência como compositor.

1- Faça anotações recorrentes.

Sempre escreva sobre coisas que te inspiram, te intrigam ou até mesmo que acontecem na sua vida. Pode ser um momento de provação ou um momento de alegria e realização. Não é preciso fazer anotações diárias, mas assim que você estiver afim de escrever, é bom que anote tudo para que depois não se esqueça de pequenos detalhes...
Estes momentos refletem experiências e sensações que serão úteis no processo de composição e com certeza, deste acontecimento podem sair temas que você poderá descrever durante a composição de uma música.

2- Ande sempre com um gravador e registre tudo aquilo que te inspira ou vêm à sua mente em forma de música.

Já se viu em determinados momentos cantarolando certas melodias nunca antes escutadas? Eu também...nesses momentos é sempre bom ter um gravador portátil por perto, tipo Mp4 para gravar essas coisas. Essa canção pode servir como linha melódica ou arranjo em determinada canção. Não importa se você não estiver impunhando um instrumento naquele momento. Grave com sua voz mesmo e depois tente reproduzi-lo em casa no violão ou teclado...

3- Escolha um ambiente propício à composição

Quando vou compor algo, eu não faço isso no meio da sala com a televisão ligada, com outras pessoas conversando, cachorro latindo ou barulho de carros...
A música é sentida por meios sonoros e também da mesma forma ela é criada. Se houver muitas distrações, o processo de composição se torna um pouco complicado.
Procure lugares que estimulem também seus outros sentidos como o olfato, a visão e o tato. Um bom ambiente oferece de forma harmoniosa este misto de sensações que com certeza contribuirão para o sucesso deste processo criativo.

4- Estabeleça momentos de orações e de intimidade com Deus

É necessário separar momentos de devocional com Deus no dia a dia. Os cânticos de adoração e louvor falam das qualidades e atributos de Deus. Como compositores é necessário que falemos e cantemos com propriedade e autoridade as músicas que compomos. É fundamental a leitura da palavra, parece até óbvio o que falo, porém é triste a quantidade de musicos e levitas que observamos não ter o mínimo de intimidade na oração e na adoração.

Pela leitura das escrituras nossa fé é fundamentada e alicerçada:
"De sorte que a fé vêm pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10:17).

Nem podemos agradar a Deus se não estabelecermos contato com Ele:
"Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." (Hb 11:6).

Estabeleça períodos de louvor em seu quarto ou em um lugar reservado e tente observar a voz de Deus lhe falar...esses momentos são fundamentais para um relacionamento saudável com o Pai e te garanto que eles serão definitivos para te inspirar a criar novas músicas que edificarão a sua vida e a vida de outras pessoas.

Introdução de boas vindas



Deus está à procura de pessoas. Ele almeja homens e mulheres que correspondam ao Seu chamado, às Suas expectativas e aos Seus desígnios. Ele procura adoradores que o adore em espírito e verdade (Jo 4:23) . No verso anterior (22), Jesus diz à samaritana: “Vós adorais o que não sabeis”... Nunca houve tantos adoradores, porém, será que de fato vivem verdadeiramente a mensagem que Cristo nos deixou?

Quero comentar e falar de coisas que tem ardido em meu coração nestes anos de ministério na área do louvor por todos lugares que passei. Fatos que vivi, aprendi e ainda estou aprendendo...Parece ser simples, mas para ser adorador é necessário servi-lo vivendo em adoração. Muitos adoradores podem ser músicos, porém muitos músicos não são necessariamente adoradores. Depois vamos discorrer um pouco mais sobre isso...

O que eu quero dizer é que desde os tempos antigos, Deus sempre orientou seu povo de forma específica. Temos a divisão do tabernáculo com todas as suas segmentações, objetos e ritos que continham uma simbologia específica correspondendo a uma finalidade em comum. As leis passadas à Moisés no Monte Sinai e a forma como seu povo posteriormente foi governado por juízes também é um sinal da forma sistemática e organizada com qual o Senhor governou seu povo.

Esta forma meticulosa e organizacional é algo que ao meu ver, Deus não abandonou de forma alguma, uma vez que Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Deus exige ordem nos trabalhos eclesiásticos e isto não muda na igreja contemporânea. As escrituras nos atestam isso.

Dentro desses trabalhos, vamos destacar a música dentro da igreja como objeto de estudo e discussão neste blog, analisada dentro de um contexto histórico, cultural, social, econômico, contemporâneo e sobretudo prático.

No tabernáculo de Davi, Deus o instruiu a chamar pessoas que seriam responsáveis pela música na Casa de Deus e eles eram separados segundo função e turno. Tudo era encarado de forma sistemática e responsável. A música é um dom de Deus para os homens e como tal deve ser respeitada e considerada uma importante ferramenta para edificação da igreja. Através dela podemos tocar o intocável, ver o invisível e contemplar o sobrenatural.

Atualmente vejo o louvor e a adoração sendo menosprezado por muitos dentro da própria igreja, por não conhecer de fato o sentido e a eficácia da música dentro da linguagem de Deus para com seu povo.


Aqui neste pequeno espaço virtual vou dividir com vocês algumas dúvidas, experiências, aprendizados, dificuldades e curiosidades que me acompanham nesses 12 anos de ministério na área da música e do louvor dentro da igreja e até mesmo “fora” dela, tendo por objetivo ajudar àqueles que vivem e respiram música feita a serviço do corpo de Cristo.

Contribua deixando aqui comentários, dúvidas e sugestões. Você está convidado a participar!